
Alba San Roman - Fria, egoísta, manipuladora e calculista. Faz o que quer de sua irmã Carmela e está acostumada a ser a senhora da mansão dos Sanromán. Odeia Maria por ter se casado com Estevão, principalmente agora que ela regressou em suas vidas. Fará o que for necessário para que Maria não regresse à mansão.
NOME: ALBA SAN ROMAN
NOVELA: A MADASTRA
ANO: 2005
PRODUZIDA PELA REDE MEXICANA TELEVISA UM SUCESSO NO MUNDO TODO, UM DOS MAIORES SUCESSOS DA REDE MEXICANA.
Uma terrível tragédia põe fim a uma viagem de um grupo de jovens amigos. Maria (Victoria Ruffo) escuta um disparo e logo encontra sua amiga Patrícia morta. Na confusão, Maria é pega com a arma, considerada culpada pelo assassinato e condenada à prisão. Seu marido, Estevão (Cesar Évora), um importante homem de negócios, não acredita em sua inocência e quando voltam para cidade do México se divorciam. Ele compra o silêncio das pessoas que foram viajar juntos com o casal e inventa para seus filhos que Maria morreu em um acidente.
Vinte anos depois, Maria é posta em liberdade por boa conduta e volta à cidade do México em busca de vingança. Está decidida a descobrir o verdadeiro culpado e enfrentar Estevão.
O que ela mais deseja é recuperar seus filhos, Heitor (Mauricio Aspe) e Estrela (Ana Layeska). A primeira coisa que Maria faz é procurar as pessoas que estavam naquela viagem.
Estevão; Evandro (Lorenzo De Rodas), um dos sócios de Estevão; Demétrio (Guillermo G. Cantú), advogado da empresa, e sua esposa Daniela (Cecilia Gabriela); Bruno (René Casados), o outro sócio, e sua esposa Fabíola (Sabine Moussier); e as duas tias de Estevão, Carmela (Margarita Isabel) e Alba (Jacqueline Andere). Todos se surpreendem ao ver Maria novamente.
Logo surge um grande temor e dúvida quando ela informa que durante 20 anos o verdadeiro assassino de Patrícia está vivendo entre eles.
Maria se casa novamente com Estevão para ter de volta o carinho de seus filhos. Mas isso não será fácil, já que eles a consideram como A MADRASTA que veio para usurpar o lugar de sua mãe morta.
Além disso, Maria terá que lidar com as intrigas das tias e dos sócios de Estevão, sobretudo com Fabíola, que sempre foi apaixonada por Estevão.
Nesta altura da história, Estevão tem um terceiro filho, mas não revela quem é a mãe do rapaz. Angelo (Miguel Ángel Biaggio) é um jovem muito inseguro e Maria irá aceitá-lo de imediato, tratando-o com muito carinho.
Pouco a pouco, Maria vai ganhando o amor de seus filhos sem revelar que é a verdadeira mãe deles. Ela vai ajudar Estrela (Ana Layeska) a deixar de ser uma menina superficial e volúvel e a compreender que de seus dois “casos”, Carlos (Sergio Mayer) e Greco (José Luis Reséndez), quem a ama de verdade é Greco, um jovem bom e humilde, pois Carlos somente se interessa pelo dinheiro da família.
Heitor é um jovem arrogante. Sua vida muda quando conhece Viviam (Michelle Vieth), que foi companheira de Maria na prisão. O rapaz irá se apaixonar por ela.
Maria se encontra em uma encruzilhada, pois se dá conta de que segue amando seu marido e que é correspondida por ele. Agora seu coração endurecido por 20 anos de sofrimento, de saudade e abandono terá que buscar forças para seguir no caminho da justiça... ou do perdão.
A MADRASTA- Uma mãe, seus filhos e um crime: sucesso.
Baseada em um original chileno que já havia rendido duas versões no México, Liliana Abud desenvolveu essa nova adaptação para A Madrasta, acrescentando muitas novidades que não estavam antes, e que contribuíram para o grande sucesso da novela.
A principal novidade é que agora todos os personagens tinham mais histórias próprias. A novela esteve dividida em três universos: a busca pelo assassino de Patrícia (Montserrat Oliver), o núcleo dos pobres, e a luta de Maria (Victoria Ruffo), para reconquistar o amor dos filhos, e que foi a melhor parte da novela. É bem verdade que houve um excesso de lágrimas por parte de Maria, mas nada que fugisse a regra das melhores telenovelas.
Uma mãe chorando e sofrendo pelo amor dos filhos é algo que costuma comover, e mais uma vez, foi o que acontecer. Era impossível ficar indiferente com uma Maria tão bondosa e sempre recebendo as piores humilhações e desprezos por parte dos filhos. A história principal esteve sob medida da emoção do telespectador, a revelação que quase vinha, mas era interrompida, e que depois deveria explodir novamente, até a comovedora cena onde Estevão (César Évora) conta a verdade aos filhos.
O mistério sobre quem era o assassino de Patrícia com certeza foi um dos motores para a audiência da novela, recheada de seqüências atípicas de suspense para as novelas mexicanas. Houve até um exagero quanto ao número de vezes que Maria quase foi assassinada e ficava sem um arranhão em seguida. Mas, isso foi algo bom dentro da história, considerando que nas outras versões, o assassino quase não atacava a protagonista durante o percurso da trama. Mas infelizmente, o México ainda não está preparado para um suspense como esse. Porque houve erros, como divulgar a verdadeira identidade antes do último capítulo, e a previsibilidade de quem seria ao longo da reta final. Já estava óbvio há muito tempo que era Demétrio (Guillermo García Cantu).
Além do mistério do assassino, houve um outro emaranhado de segredos entre os personagens, como quem era a mãe do jovem doente Ângelo (Miguel Biaggio): Alba (Jaqueline Andere) ou Carmem (Margarita Isabel)? Ou ainda o primeiro casamento de Demétrio, e o filho de Fabiola (Sabine Moussier) e Bruno (René Casados).
O núcleo dos pobres deixou a desejar. Talvez por estar composto por um elenco de astros, houve uma excessiva participação, com assuntos irrelevantes, e que chegaram em algum tempo, a cansar a audiência, pois estavam começando a ter mais destaque que o assunto principal. O núcleo dos meninos de rua com certeza foi o mais insuportável. Mas, na reta final, eles foram praticamente esquecidos. Antes tarde do que nunca! Ainda assim, houve momentos bons, como as rejeições que Poodle (Carlos Bonavides) sofria do seu filho ambicioso.
O elenco foi composto por vários astros e estrelas. A protagonista era para ter sido vivida por Verônica Castro ou Lúcia Mendez, mas nenhuma aceitou, e o papel de Maria acabou ficando para Victoria Ruffo, em um de seus melhores momentos na TV. Maria foi uma heroína cheia de nuances: forte, sofredora, mãe, detetive, e apaixonada por seu ex-marido. O mais engraçado era que em absolutamente todos os capítulos, Maria comentava sobre a injustiça que lhe foi feita e sobre o fato de Estrela e Heitor serem “meus filhos”. Assim como o termo “Vinte anos...” aparecer em todos os capítulos.
Outra que esteve em plano de igualdade com Victoria Ruffo foi Jaqueline Andere, provando mais uma vez que sua especialidade são as vilãs. Alba San Román foi um personagem que cresceu muito durante a novela. Uma mulher realmente detestável!
Ainda houve outros destaques, como Ana Layevska, perfeita como a irritante Estrela, uma garota mimada e que gerou o ódio do público com sua atitude infantil diante de Maria. Ainda Margarita Isabel, simpática e divertida com Carmem. O personagem fez tanto sucesso que o público não queria que fosse ela a assassina. Miguel Biaggio também esteve muito bem como o enfermo Ângelo, que foi tomando muita força durante a história. Também José Luis Rezendez, que não esteve nada mal para um ator iniciante.
Agora, quem deixou a desejar foi Sergio Mayer. Carlos era caricato, exagerado e exibicionista. E isso que era um personagem que sempre teve importância. Lamenta-se a falta de destaque do personagem de Sabine Moussier.
A Madrasta desde cara foi um projeto cheio de expectativas, afinal Vivir Un Poco, de 1985, havia sido uma novela de grande êxito. Nessa história, Angélica Aragon, Rogelio Guerra, Beatriz Sheridan, Arturo Peniche, Irma Lozano, Felicia Mercado, Roberto Ballesteros, Rafael Inclán deram vida aos personagens que foram vividos aqui por Victoria Ruffo, César Évora, Jaqueline Andere, Mauricio Aspe, Margarita Isabel, Martha Júlia, Sergio Mayer e Carlos Bonavides, respectivamente. Nessa versão, a assassina havia sido o papel de Nuria Bages, que em A Madrasta correspondeu a Cecília Gabriela.
Em 1996, houve uma outra versão, chamada Para Toda la Vida, com Ofélia Medina vivendo a protagonista. Mas a novela fracassou por inúmeras razões. Aqui, a assassina foi Sylvia Pasquel, que fazia a “Alba” da vez. Mas ela nem era apaixonada por Estevão, isso foi uma criação de Liliana Abud para essa versão.
A Madrasta foi a novela número 1 do início ao fim, sempre comentada e elogiada. O que o público não gostou muito, embora tenha visto, foi o esticamento da novela de última hora. Na terça-feira da suposta última semana, foi anunciado um alargue da novela, em mais duas semanas, desta vez, em exibições de meia-hora. Muitos foram os absurdos: Alba conseguindo seqüestrar todo o elenco, Aruba ter pena de morte e praticamente ter uma ponte aérea, tamanha a velocidade que os personagens iam e vinham. Foram muitas as críticas ao final, embora, não diminuiu em nada o sucesso da história, que registrou altos índices de audiência. Mesmo sendo contraditório com o que já foi dito, houve um lado bom na prévia revelação de quem era o assassino, pudemos vê-lo em ação.
Houve ainda um especial chamado “La Madrastra...Diez Años Después”, que conta sobre a reaparição de Demétrio na vida dos San Román. O especial ainda conta com a participação de Alejandra Barros.
O tema musical foi inesquecível. Tanto que Salvador Mejía convidou a cantora Laura Pausini para uma participação memorável, cantando o tema para Maria e Estevão. A própria Laura comentou que graças a novela, a música havia sido um grande sucesso em toda a América Latina. Outro tema musical que tocou bastante foi Amor del Bueno, de Reyli, fundo musical para o romance de Estrela e Greco.
O DVD da novela sai no final de 2005, eternizando o sucesso da novela, já entre os maiores sucessos da TV mexicana e do produtor.
A novela, apesar de ser apresentada como uma super produção, não foi. O maior atrativo esteve na história e no elenco luxuoso, porque os cenários e algumas cenas tiveram gosto bem duvidoso.
Com todos os defeitos que a novela teve, é uma novela obrigatória. Não foi uma novela perfeita, mas ainda assim o saldo foi positivo, de uma novela que com certeza, marcou história.